segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade


TDAH: 
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um tipo de transtorno neurológico, que surge na infância, e em muitos casos, acompanha o indivíduo em sua vida adulta. TDAH é uma patologia crônica, altamente genética (75%), pouco conhecida, difícil de detectar e fácil de confundir, mas que se pode diagnosticar e tratar.

As crianças podem ser naturalmente ativas e desatentas! Mas uma criança muito inquieta, que não consegue ficar parada, não consegue esperar a vez, então o quadro já não é mais de uma criança levada e sim de hiperatividade, um dos sintomas de TDAH. É uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos dois contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho).

O indivíduo que tem TDAH, é inteligente, criativo e intuitivo mas não consegue realizar todo seu potencial em função do transtorno que tem 3 características principais: desatenção, impulsividade e hiperatividade (ou energia nervosa).Ele afeta aproximadamente de 3 a 5% de crianças em idade escolar. O TDAH é diagnosticado muito mais frequentemente em meninos do que em meninas.

Crianças com TDAH podem ter sérios problemas de funcionamento social como dificuldades na escola, difícil relação com a família e os amigos, além de baixa autoestima. Para as pessoas com o distúrbio, atrasos e faltas fazem parte da rotina. A criança ou adolescente com TDAH (DDA) não sabe lidar com fracasso, frustração. Estão sempre ansiosos, sentem-se incompreendidos e irritam-se com facilidade.

Sintomas:
- Tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar).
- Dificuldades com relação a horários, frequentemente não os cumprem.
- É comum apresentarem dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam fazer.
- Dificuldades com relação a escala de prioridades
.- Com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa).
- Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual.
- Em especial os meninos, são agitados ou inquietos, 
- Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira.
- Falam muito e pedem para sair de sala ou da mesa de jantar.
- Têm dificuldades para manter atenção em atividades muito longas
- Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.).
- Esquecem recados, material escolar ou até mesmo o que estudaram na véspera da prova.
- Com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra.

A Terapia:
Após o diagnóstico feito por um profissional que entenda profundamente do assunto, o tratamento abrange psicoterapia estrutural e organizadora na criança ou no adulto, envolvendo toda dinâmica familiar, medicação quando necessário, muita informação e conscientização do que é TDAH (DDA). Comprovadamente a terapia cognitiva comportamental é que dá melhores resultados.

O terapeuta deve funcionar como um treinador, dando instruções e sinalizando ("perceba como está se perdendo em detalhes... como está desviando de seu objetivo..., pare, volte àquele assunto...") O foco da terapia deve ser a mudança de velhos hábitos que já se tornaram vícios, além do resgate da auto-confiança e da auto-estima, geralmente muito abaladas. A terapia vai aumentar os pontos fortes em vez de tentar diminuir os pontos fracos da criança.

O tratamento do TDAH varia de acordo com as necessidades de cada paciente, mas geralmente inclui treino comportamental e cognitivo. Não se deve esquecer que os pais desempenham papel fundamental durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitarão de muito apoio, compreensão, carinho, e sobretudo muita paciência para que, pouco a pouco, consigam desenvolver seu dia-a-dia com normalidade.

Não é fácil conviver e lidar com crianças que sofrem de TDAH. Todos ao seu redor devem ser pacientes, persistentes e orgulhosos. A família tem importante papel no tratamento de transtornos infantis. Não basta medicar a criança. É necessário que os próprios pais façam psicoterapia junto com a criança ou o adolescente.Em alguns casos é preferido avaliar o problema de uma forma mais ampla para verificar o que está causando o sofrimento da criança, sem deixar de lado o contexto social da criança. Portanto, o tratamento é baseado em psicoterapia ou aconselhamento familiar. Se você apresenta algumas das características citadas, procure a ajuda de um profissional que conheça o TDAH profundamente e vá fazer uma avaliação com ele. Você pode mudar a sua vida!!

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.